Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
"Trouxeste a chave?"
(Carlos Drummond de Andrade)
Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
"Trouxeste a chave?"
(Carlos Drummond de Andrade)
segunda-feira, 21 de março de 2011
domingo, 20 de março de 2011
Orientações importantes para a produção de um vídeo
Em primeiro lugar, é preciso saber qual o tipo de equipamento a ser utilizado. Hoje em dia, é muito fácil criar bons vídeos com filmadoras, máquinas fotográficas digitais e até mesmo celulares.
É fundamental que o formato do vídeo criado seja digital, para facilitar, posteriormente, a edição. Além disso, a qualidade do vídeo digital geralmente é bem melhor do que a do vídeo analógico (gravado nas antigas fitas VHS).
Depois de escolher o equipamento digital, vem uma questão crucial: a resolução a ser utilizada. Nem todas as máquinas fotográficas digitais e celulares têm boa resolução para criar vídeos, por isso é bom fazer um teste e depois passar o arquivo para o computador, para ver se o resultado é aceitável.
Para filmar, é sempre necessário seguir algumas recomendações básicas:
É fundamental que o formato do vídeo criado seja digital, para facilitar, posteriormente, a edição. Além disso, a qualidade do vídeo digital geralmente é bem melhor do que a do vídeo analógico (gravado nas antigas fitas VHS).
Depois de escolher o equipamento digital, vem uma questão crucial: a resolução a ser utilizada. Nem todas as máquinas fotográficas digitais e celulares têm boa resolução para criar vídeos, por isso é bom fazer um teste e depois passar o arquivo para o computador, para ver se o resultado é aceitável.
Para filmar, é sempre necessário seguir algumas recomendações básicas:
- Nunca filmar contra a luz, seja ela natural (luz do sol) ou artificial (lâmpadas elétricas). É muito importante filmar sempre onde a luz está sendo projetada;
- Cuidado com o som. Em cenas externas, por exemplo, o barulho do vento pode sair mais alto que as vozes dos atores, e tornar a história incompreensível. Nas cenas onde o ambiente é fechado, é necessário testar a sensibilidade do microfone da câmera, e até a altura da voz do ator. Por via das dúvidas, se possível, é bom utilizar um microfone externo;
- Só utilize o zoom da câmera quando quiser mostrar algo específico que seja importante para a cena. Exagerar nesse recurso pode tornar a filmagem cansativa;
- Na hora de segurar a câmera, é muito interessante apoiá-la com as duas mãos, assim como encostar o corpo em uma parede, enquanto isso. Esse procedimento evita que a imagem fique tremida. O melhor mesmo é usar um tripé, mas se não for possível, em uma cena parada, é legal deixar a câmera em cima de algum lugar (muro, mesa, etc.);
- Não faça tomada longas, a não ser que tenha um motivo para isso, pois estas podem se tornar enfadonhas. O ideal é fazer tomadas curtas, ainda que seja em uma mesma cena. Por exemplo, em um diálogo, faça o seguinte: 1) filme as duas pessoas aparecendo na tela ao mesmo tempo. 2) Pause a gravação e filme uma que está falando. 3) Pause novamente e grave a outra pessoa respondendo. 4) Filme, de novo, as duas pessoas juntas, e assim continue de acordo com o diálogo. Isso torna o trabalho mais dinâmico do que deixar as duas pessoas conversando sem mudar a posição da câmera;
- Fica muito interessante, também procurar fazer cenas com a câmera em posições diferentes, como de baixo para cima, de cima para baixo, ou até mesmo a câmera no chão para pegar ângulos diferentes. É claro que, para fazer isso, deve-se ter um motivo. Por exemplo, ao filmar uma criança, é muito bom que a câmera esteja na mesma altura dos olhos dela.
- Quando for transferir o que foi filmado para o computador, prefira o formato AVI, que une som e vídeo em um único arquivo.
- Com as gravações prontas e transferidas para o computador, pode-se utilizar um programa de edição de vídeo para inserir títulos, créditos e efeitos de transição entre as cenas. Uma boa sugestão é não abusar dos efeitos oferecidos pelo editor, para não tornar o resultado final cansativo. Eu sugiro o “Windows Movie Maker”, que vem com o Windows e tem muitas possibilidades para realizar esse tipo de trabalho, além de ter uma interface intuitiva. Outros programas podem demandar mais tempo para produzir um resultado muito parecido.
- Não se esqueça de ambientar as cenas gravadas e falar em uma altura razoável. Preocupe-se com o figurino e o cenário que vão aparecer no vídeo. Não combina, por exemplo, em um vídeo de época, aparecer o uniforme da escola. Além disso, tudo que for dito deve ser perfeitamente compreensível.
Outras dicas podem ser encontradas na rede mundial de computadores, e podem enriquecer mais ainda o resultado final do seu trabalho. Como as possibilidades de criar um vídeo são praticamente ilimitadas, você pode criar algo que seja realmente interessante de se assistir.
quarta-feira, 16 de março de 2011
Etapas para a produção do vídeo
Para produzir o vídeo, é necessário compreender o texto. Por isso sigam as dicas abaixo:
- Leiam o texto observando as rubricas ( indicações sobre o comportamento da personagem) e procurando o significado das palavras desconhecidas( algumas palavras podem ser alteradas);
- Para resumir a obra, retirem falas de alguns capítulos, porém nunca suprimam um capítulo inteiro;
- Discutam a caracterização de cada personagem ( modo de falar, temperamento, tiques, etc.) e do lugar;
- Procurem dar dinamismo ao diálogo, criando uma tensão crescente entre as personagens;
- Após a compreensão do texto, comecem a buscar a representação, ou seja, transformem a leitura em ação. Lembrem-se: o ator é um fingidor, alguém que cria ilusões;
- Tenham muita atenção com a pontuação do texto;
- Não deixem cair a entonação no final das frases;
- Decorem as falas de sua personagem, imaginando-se nas situações vividas por elas;
- Criem o cenário, a sonoplastia ( o som que acompanha o texto) e o figurino. Ensaiem quantas vezes for necessário;
- Enfim, dediquem-se, usem a criatividade e, assim, produzirão um trabalho de qualidade.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Análise da obra A pele do lobo
A PELE DO LOBO
AUTOR: Artur Azevedo: (A. Nabantino Gonçalves de A.), jornalista, poeta, contista e teatrólogo, nasceu em São Luís , MA, em 7 de julho de 1855, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de outubro de 1908. Ao lado do irmão Aluísio de Azevedo, participou do grupo fundador da Academia Brasileira de Letras.
GÊNERO: Dramático (comédia): Drama, em grego, significa "ação". Pertencem ao gênero dramático os textos, em poesia ou prosa, feitos para serem representados, encenados, dramatizados.
O gênero dramático compreende as seguintes modalidades:
Tragédia: é a representação de um fato funesto, triste, suscetível de provocar compaixão e terror (catarse). Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror".
Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida cotidiana, no sentimento comum, de riso fácil, em geral criticando os costumes. Os temas são leves e alegres.
ESTRUTURA: peça em um ato e dez cenas.
COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA: a peça A pele do lobo apresenta a trilogia da unidade: unidade de ação, de tempo e de espaço, o que significa que todo o drama ocorre em um único espaço cênico, em um único tempo determinado e os fatos se sucedem em função de uma única ação. Por tratar-se de um texto dramático, não apresenta narrador – toma-se conhecimento da história através das falas e ações das personagens. As indicações de cena (cenário, entradas e saídas das personagens, quem diz o que, como, e quando) são feitas pelas rubricas.
Um dos objetivos do texto dramático, no caso da comédia, é corrigir os defeitos do homem através do riso. Artur Azevedo, em A pele do lobo, censura alguns aspectos da sociedade carioca do século XIX, com um texto que, respeitando-se os elementos particulares da época, mantém uma temática bastante atual. Através das falas e ações das personagens, nota-se a crítica à atuação das autoridades responsáveis pela segurança da população, enfatizando o descaso, a intolerância e a inoperância, com que tratam as causas dos cidadãos, em detrimento de vantagens pessoais. A verdadeira intenção de se estar “aturando” as implicações do cargo é a possibilidade de ascensão política, social e econômica. Há também uma crítica à burocracia, ao excesso de papéis necessários para o bom andamento de um processo, bem como a noção de que a maioria da população não conhece nem domina os termos (variedade linguística) utilizados nos autos processuais. O drama critica ainda a forma como a população trata o bem público, que por ser de todos, não é de ninguém, e cada qual acredita que pode tratá-lo como bem quiser, inclusive, destruindo-o.
O título da obra, A pele do lobo, relacionado à frase de Amália, Quem não quiser ser lobo, não lhe vista a pele, retrata bem o tema abordado, ou seja, aquele que não quer passar horas ouvindo as partes de denúncia ou de defesa em um processo, que não quiser chegar tarde aos eventos – ou mesmo perdê-los, que não quiser perder a hora de comer, dormir ou levantar, que não se candidate ao cargo de subdelegado. Caso contrário, terá que lidar com atrasos, com pessoas de diferentes níveis sociais, econômicos e culturais, com papéis, bandidos e, além de tudo, expor-se publicamente.
PERSONAGENS:
Cardoso: subdelegado, que pediu o cargo, visando conseguir, após a morte de um colega, galgar um cargo superior. É impaciente e não suporta receber as queixas das pessoas. Representa o funcionário público que não atua de acordo com as necessidades e obrigações de seu cargo e, quando o faz, é de má vontade.
Amália: esposa de Cardoso, atormenta-o com horários rígidos, acusa-o por ter aceito o cargo e sugere que o abandone.
Apolinário: cidadão do povo, criador de galinhas, uma parte. Representa o indivíduo de pouca escolaridade, humilde, bajulador e enrolado. Faz-se de tonto, mas impõe sua presença pela subserviência.
Perdigão: Compadre de Cardoso. Vem reclamar o atraso dos padrinhos.
Jerônimo: Outra parte, o acusado que se transforma em vítima. Trata mal o bem público, reclama da burocracia e impõe-se pela força. Termina preso.
Manuel Maria, Vitorino e Compadre: testemunhas.
Uma parte.
Dois soldados de polícia: agentes que aparecem para restabelecer a ordem.
TEMPO: atualidade (1875). Cronológico: quando começa a primeira cena, Cardoso e Amália já estavam prontos para sair há duas horas e dois minutos. Quando termina a última cena, já eram três horas e um quarto de espera. Psicológico: a marcação sistemática dos minutos indica que cada minuto consistia em um período insuportável de espera, quando eram eles que tinham que ouvir as partes; por outro lado, parecia que o tempo passava muito depressa, acentuando o atraso dos dois.
ESPAÇO: Rio de Janeiro, sala da casa de Cardoso: a casa da autoridade é uma repartição pública.
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